Lucilia, vi a foto do carcará e o teu comentário sobre a Umbanda e no qual vc fala sobre mim. Claro, fiquei satisfeito tanto com o vôo do nosso gavião como a menção do meu nome. Apesar de teu pai carnal sei, como vc também, separar nossas atividades como pai e mãe de santo sem misturar o nosso parentesco. Se somos parecidos é pelo aprendizado comum no exercício da Umbanda. Entre nós não existe divergências e por isso é que nosso terreiro veste a camisa branca sem tirar os pés do chão. Eu não sigo e não me incomodo com os outros Terreiros. Na minha religiosidade existem dois nomes: Umbanda e Terreiro do Pai Maneco. Vc tem inteira razão quando insinua que a diversidade não é respeitada, trazendo-lhe decepções e tristezas. Eu já sou imune a isso e me falta, quem sabe, a tua vibração e revolta contra as injustiças. Talvez essa seja a nossa diferença. Não modifique nunca o teu comportamento, embora a vida vá ensiná-la a ser mais paciente. Gostei de me soltar no teu blog porque aqui sou apenas uma pessoa que postou um comentário sem a responsabilidade do envolvimento do Terreiro que dirigimos juntos. Talvez a nossa diferença com outros é que não fomos acometidos pelo vírus da prepotência e da boçalidade. Somos o que somos e os outros que continuem sendo o que não somos. Vejo vc cada vez mais madura e fico feliz com isso. Saravá, Pai Fernando de Ogum.